As empresas familiares representam a realidade de mais de 90% das organizações neste segmento. Trata-se de um modelo onde a maioria dos profissionais com poder decisor pertence à mesma família e onde a gestão do negócio é passada de geração a geração.
O modelo traz prós e contras e separar as relações pessoais das profissionais pode ser um desafio, já que os vínculos familiares muitas vezes prejudicam a clareza na tomada de decisão. Segundo pesquisas, 70% das empresas familiares não chegam à segunda geração. Dessas, 80% não alcançaram a terceira.
Mas nem todas as organizações desse tipo são iguais. Existem diferentes modelos de gestão e pontos de atenção específicos dependendo de qual geração está no comando.
Como obter sucesso com este modelo de negócio? Vamos explicar um pouco sobre o tema.
Tipos de empresas familiares no Varejo
Primeiro, é preciso entender que nem todas as empresas familiares são iguais. Existem diferentes tipos de gestão, estrutura e operação. É importante entender um pouco melhor como funciona cada uma delas.
1. Tradicional
O modelo mais comum, onde a gestão e boa parte da operação é feita pelos próprios familiares. Normalmente possuem capital fechado e o controle fica centralizado nas mãos do proprietário.
2. Trabalho familiar
Semelhante ao tradicional, neste modelo os parentes de grau mais próximo são incentivados a assumir cargos de gestão ou operação.
3. Administração familiar
Aqui os familiares também se dividem nas funções do dia a dia, assim como nos dois primeiros modelos; a diferença é que neste modelo de empresa familiar no varejo as pessoas que ocupam os cargos de gestão se preparam e são capacitadas especialmente para isso.
4. Familiar híbrida
Normalmente são empresas de capital aberto, onde o controle ainda é exercido por membros da família, mas existem alguns gestores que não fazem parte dela.
5. Empresa de influência familiar ou de investimento
Considerado por muitos o mais profissional, neste modelo a família mantém o controle estratégico da organização, mas a maior parte das decisões a nível estratégico é atribuída a terceiros.
Vantagens e desvantagens de uma empresa familiar no Varejo
A estrutura das empresas familiares traz alguns benefícios. A confiança na tomada de decisão, os interesses muitas vezes comuns e uma cultura forte, que normalmente vem de berço, são algumas delas. Conheça outras:
- Confiança e autoridade reconhecidas;
- Facilidade na transmissão da informação;
- Rapidez nas decisões;
- Visão a longo prazo;
- Permanência da cultura e dos valores.
No entanto, como já falamos, os desafios também são muitos. O principal deles é a falta de frieza no momento de tomar decisões difíceis, mas há outros:
- Falta de um sucessor competente;
- Dificuldade em inovar;
- Centralização das decisões importantes;
- Divisão do olhar de família/negócio.
O papel das mulheres nas empresas familiares do varejo
Um tópico que vale destaque é sobre as mulheres no Varejo. Elas sempre foram verdadeiras líderes nas empresas familiares, porém, até pouco tempo, agiam mais nos bastidores..
Hoje elas adotaram de vez o protagonismo e são responsáveis por decisões estratégicas e transformadoras de diversos negócios espalhados pelo Brasil.
Com grande habilidade em engajar o time e identificar novas oportunidades, elas são figuras centrais para o sucesso.
A Varejo S/A preparou uma série sobre a atuação das mulheres nas empresas familiares no Varejo que vale a leitura.
Não existe fórmula mágica, cada modelo pode funcionar de uma forma. Mas existem alguns pontos de atenção para que a <h3>gestão de um negócio familiar</h3> seja efetiva: falta de planejamento na troca de gerações e desorganização em processos são algumas das dores mais comuns.
Preparamos uma série no nosso YouTube sobre o tema. Ela está dividida entre O Fundador, Os Filhos e Os Agregados, trazendo os principais pontos de atenção em cada uma dessas etapas.
Precisa de ajuda com sua empresa familiar? Entre em contato e vamos conversar!